Música de Selvagem propõe uma música própria, com influência européia, a partir da improvisação livre. O objetivo é aproximar este universo à realidade musical de São Paulo. O grupo foi criado no início de 2014 por iniciativa do contrabaixista e compositor Arthur Decloedt. Após 6 anos morando em Paris, Decloedt retorna a São Paulo com o intuito de iniciar novos projetos e parcerias; nesta mesma época o saxofonista Filipe Nader também volta à cidade, depois de viver por 6 anos em Bruxelas. Os dois rapidamente se unem em torno do projeto Música de Selvagem. Ao longo deste período fora do Brasil, os dois jovens músicos colecionaram experiências marcantes e formadoras, tendo frequentado grandes conservatórios da Europa (Conservatorio Nacional de Paris, Conservatório Real de Bruxelas) e colaborado com artistas de destaque no cenário europeu de jazz e músicas improvisadas, tais como, Ifa y Xango, Matthieu Donnarier e Logan Richardson. O encontro de Arthur e Filipe com os outros membros do grupo tornou possível a realização deste projeto. O baterista Guilherme Marques, que desenvolve com o grupo À Deriva um trabalho bastante original na cena de jazz e músicas improvisadas de São Paulo, foi o primeiro a se unir ao grupo. Junto com ele chega o saxofonista Marcelo Coelho, que, além de se destacar como compositor e instrumentista, tendo colaborado com grandes nomes como Guinga e Dave Liebman, exerce um trabalho reconhecido no meio acadêmico, coordenando a pós-graduação em Jazz da Faculdade Souza Lima. Completando o quinteto, une-se aos músicos o multiinstrumentista Celio Barros, que se destacou como contrabaixista (vencedor do Premio Visa) e produtor musical (PMC). No fim de 2014, Celio muda-se para a Noruega, dando lugar a Amilcar Rodrigues, trompetista que vem ganhando destaque em formações como Otis Trio, Projeto Coisa Fina, Tulipa Ruiz e Charanga do França.