- 歌曲
- 时长
简介
O disco é composto por oito músicas, as quais Edu Kneip descreveu no precioso texto abaixo, poetizando sobre cada uma delas: “Raro é o músico instrumentista que reúne sensibilidade, técnica apurada, loucura criativa e vibração em suas performances. Adicione a isto um grande talento para composição e tem-se o exemplo de músico completo, um músico com a mais autêntica alma de artista. Esse é o caso de Gabriel Geszti. Ah, e moderno! Gabriel faz sua estréia fonográfica com o CD "Confluência", confirmando logo tudo que foi dito acima. No disco, em quase toda sua execução, tocam apenas ele e Jose Izquierdo (percussão), com resultante de grande impacto. Som de quem é muito artista, para gente que entende a nobre arte da música. Juntam-se aos dois protagonistas, as ótimas participações de Nana Vasconcelos ( percussão e voz ), Gabriel Grossi (gaita) e Pablo de Sá (violoncelo), dando um brilho a mais à belíssima viagem sonora de "Confluência". Ainda que tenha no sangue origens européias e que tenha nascido no Brasil, a música de Gabriel Geszti é do mundo. África, América do Sul, América Latina, Europa, igrejas e ruas de capitais e lugarejos pelo mundo afora, estão presentes em melodias e harmonias. A abertura do disco vem dos mistérios e aventuras do continente africano, numa obra inspirada, que pulsa com vigor, como os mais belos cânticos africanos. É "Benin". Participação de Pablo de Sá ao violoncelo. Segue com a alegria de compor estampada por leves notas que brotam em cascata da melodia de "Improvisos do Mar". Já Maria do Porto, é a hora em que o piano está cantando, quase chegando a pronunciar as palavras, certamente apaixonadas, em melodia de rara beleza. De volta à alegria com o choro "Riso", divertido e leve, onde Geszti está swingando à vontade, coisa que faz muito bem. Outra balada inspirada, agora evocando sua origem (A Hungria de seu pai e de seu tio, o grande Ian Guest), está em "Poema em Húngaro". A música seguinte, “Sertões”, é mais um momento de destaque nesse disco maravilhoso. Lembrando o gênio Villa-Lobos, Gabriel constrói uma obra que parece flutuar pelo espaço, para depois nos acertar, deixando todos sem ação. A música me fez lembrar de Choro nº 5, de Villa-Lobos. Seguimos com o baião com ares orientais, o ótimo “Sol de Marrakech”. É a versatilidade de Gabriel em foco, é o universo do músico vivido, viajado e antenado. Mais um momento sublime. E "Confluência" fecha com a deliciosa "Djembê", música elétrica e muito elaborada, com gosto de infância, de brincadeira, de uma alegria que só pode vir de um cara com grande coração, um cara como esse figura chamada Gabriel. Moderno, inquieto, ousado. Mas também, sutil, carinhoso e apaixonante. É o cara!