Segundo CD de Jucilene Buosi, “Um retrato”, revela seus compositores, suas preferências musicais e também seu jeito de ser e viver. Nesta viagem Jucilene é muito bem acompanhada por artistas do primeiro time da música brasileira. O álbum, gravado no Estúdio Visom (RJ), teve arranjos e pianos de Ravi Kefi, cello de Lui Coimbra, sax tenor e soprano de Widor Santiago, percussões de Marco Lobo, violino de Gustavo Fechus, violão de Elder Costa e participações vocais de Wolf Borges e Carlos Lara, numa produção de Marcello Dalla e direção artística de Wolf Borges. Em “Um retrato” Jucilene canta suas origens e referências musicais, em gravações inéditas embaladas em um jeito próprio de fazer canções misturando tendências mundiais ao bom gosto da harmonia das Minas Gerais em sofisticados arranjos. Tradição e vanguarda se misturam na composição dos Sulmineiros – um encontro com o regionalismo em “Balango”, no xote mineiro “Amor em vão”, com o lirismo em “Pedra de atiradeira”, com a vanguarda do rock progressivo mineiro em “Com os amigos” e a arrojada “Se outra paixão”, e ainda com outras vertentes da música mundial como no tango “Eles procuram um amor”, a porção Bossa Nova bem humorada de “Verão”, e a experimentação em “Eu sei”. Saindo do Sul de Minas, mas voltando a ele, Jucilene faz a releitura de dois ícones de Milton Nascimento: “Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco” – música em parceria com Leila Diniz até então nunca regravada – e ainda Maria, Maria que ganha uma ersão sem palavras com arranjo instrumental inusitado, resgatando a beleza e delicadeza desta canção. Os ídolos da artista também são contemplados em “Na primeira manhã”, de Alceu Valença, num arranjo vibrante; “Duas ou três coisas”, de Joyce; “Fraqueza”, de Fátima Guedes e a releitura inspirada de “Carpet of the sun”, do grupo inglês Renaissance”. Em seu primeiro CD, 2007, Jucilene gravou a trilha sonora da ópera-rock “1984, uma leitura musical”, baseado na obra de George Orwell, que teve composição e roteiro de Wolf Borges, sob direção do coreógrafo Tuca Pinheiro, apresentando-se em diversas cidades brasileiras e por Universidades. Em 2016 estréia na sétima arte com o primeiro documentário de longa metragem sobre a música do Sul de Minas - Falsete - o que é de Naturetat, negare pot!, onde 10 compositores dão seus depoimentos sobre esta música tão viva e original. Entre eles Ceumar, Ivan Vilela, Sergio Santos e Fernando Brant (em seu último depoimento). Falam sobre vida, obra tendo ao fundo locações exuberantes da Serra da Mantiqueira. Lança simultaneamente o CD da trilha sonora Falsete. PS.: (escrito pela artista) Meu filho e seus amigos adolescentes (e muitocriativos, diga-se de passagem) dizem que guardo semelhança com a Adele e com a força de seu canto. Eu particularmente acho que nossa semelhança reside no eterno efeito sanfona que nos apavora. Em todo caso, mantive a citação da semelhança... rsrsrs