A flauta Bansuri não é apenas um instrumento musical indiano, mas entra nos conceitos culturais e religiosos dos hindus. Ela possui um forte significado nas mãos do Lord Kirsna. O divino do Kirsna passa pela ressonância musical de um sopro suave e mágico da flauta e nos mostra como é forte essa idéia do poder da bamsuri. Longe da mitologia indiana, o som sutil do bambu se harmoniza maravilhosamente com as florestas profundas, os ecos das montanhas, os interiores dos templos indianos e das igrejas. As improvisações melódicas deste álbum foram elaboradas totalmente sobre a base do som acústico da bansuri e das ragas da música clássica indiana. O objetivo desta criação é de favorecer o poder de relaxamento que esta em cada um de nós, através da flauta de bambu tradicional, incorporando a simplicidade rejuvenescida da respiração. Jean Christophe Paramatma é um músico de grande talento. Suas performances sobre as estruturas melódicas (ragas) e rítmicas (talas) da grande tradição da música clássica hindustani revelam sua capacidade de trazer ao presente, através da arte dos sons, a espiritualidade contida nessa tradição que remonta aos tempos védicos e às cortes hindus e muçulmanas. Não é qualquer músico que consegue isso, mas somente aqueles que se dedicam com profundidade ao estudo dessa música como um todo, pois nessa tradição homem, cultura e natureza formam um todo indissolúvel (Marcus Straubel Wolff ). Participantes das músicas: Jean Christophe Paramatma (Bansuri, tabla digital, harpa digital, teclado e produção artística) Daniel Ramam - Violinoguitar e canto em "Open sounds in the fire"; - Karimba em "Devotion avec des notes - Raag Chandrakauns" Helder Araujo Violino e tabla no instrumental "Raag Jog"