Há quem diga que eles têm influências de rockabilly. Outros garantem que o som é psychobilly. Tem gente que prefere denominar garage rock. Talvez a coisa mais difícil ao ouvir o som do Voodoo Brothers seja rotulá-los dentro de algum gênero específico. Isso porque o duo paulista, formado por Vinci Cave (guitarra e voz) e Camila “Pitty” (bateria e backing vocals) em 2014, costuma não se restringir a apenas um estilo musical. A dupla, que lançou seu primeiro CD em 2017 - “Green Kahuna”, traz pitadas de brasilidades e sons exóticos em meio a muito rock ‘n roll em suas músicas autorais, além de desconstruir clássicos do blues, surf music, garage rock, psychobilly e punk em seus shows. Além de tocar em casas noturnas voltadas para o rock na capital paulista, o duo vira e mexe é convidado a participar de eventos e festivais de Pychobilly. Em 2017, eles se apresentaram pela primeira vez no Psychobilly Fest, em Curitiba. Já 2018, foi a vez de pisarem no palco do Psycho Carnival, o maior festival do gênero da América Latina. “A ideia inicial do Voodoo Brothers era não ter limites em nossas influências. No começo nem todo mundo entendeu, mas acabamos atingindo um público já acostumado a escutar coisas diferentes e mais abertos para novas ideias. Naturalmente fomos mais aceitos dentro do psychobilly e do punk e nossa pegada acabou caminhando por esse lado”, explica Vinci Bueno. Entre as principais referências da banda estão: Batmobile, Stray Cats, The Cramps, Johnny Cash, Kães Vadius, Muddy Watters, Howlin Wolf, Screamin’ Jay Hawkins, etc. Sem contar os clássicos do Blues, Psychobilly, Rockabilly, Surf, Garage, e pra dar aquele tempero, sons de nativos e pontos de Umbanda, músicas exóticas dos anos 60, brasilidades como samba rock, e por aí vai. Sobre o Green Kahuna Com 10 sons autorais compostos por Vinci Bueno e musicados pela dupla, o álbum Green Kahuna foi lançado em 2017 pelo selo HotJail, gravadora de Joe Marshall, vocalista e guitarrista do Bad Luck Gamblers. O CD está recheado de estilos e influências, pitadas exóticas e grande agitação. As referências traduzem o nome da banda e o título do álbum: Green Kahuna. Kahuna basicamente são sacerdotes havaianos, então, o cenário remete a esse universo de mata, meio indígena, com elementos tikis e de voodoo brasileiro. O responsável pela arte é o ilustrador Henrique San e as fotos são do fotógrafo Rodrigo Silveira. A identidade visual mostra esse lado selvagem, com influências de Screamin’ Jay Hawkins, cultura havaiana, xamanismo, The Cramps, misturando natureza com a selvageria do rock ‘n roll, sem perder a tropicalidade.